Em resposta a ultimato de Trump, China diz de madrugada que não aceitará "pressões unilaterais"

Em resposta ao ultimato do presidente dos EUA, Donald Trump, o governo da China declarou já nesta terça-feira (8) que continuará retaliando as tarifas americanas enquanto for necessário.

Durante coletiva de imprensa realizada na madrugada (horário de Brasília), o ministro das Relações Internacionais, Wang Yi, afirmou que "guerras comerciais não têm vencedores" e acusou Washington de adotar uma postura hostil e desequilibrada.

A declaração vem horas antes do prazo final estabelecido por Trump, que exigiu que Pequim retirasse a tarifa de 34% sobre produtos americanos até as 13h (horário de Brasília), sob pena de sofrer novas tarifas de 50% a partir do dia 9.

Wang Yi afirmou que a China está preparada para adotar “medidas firmes e proporcionais” caso os Estados Unidos avancem com a nova rodada de tarifas.

Ele também reforçou que o país manterá diálogo com outras nações, mas não aceitará "pressões unilaterais".

O clima de incerteza volta a pesar sobre os mercados globais, que já sentem os reflexos dessa nova escalada na disputa comercial entre as duas maiores economias do planeta.