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Mensagem: Ainda holocausto Manoel Hygino O mundo assiste com ansiedade aos acontecimentos no Oriente Médio, indagando o que acontecerá por lá, principalmente depois do presidente Trump mandar atacar o complexo nuclear do Irã, como fizera antes de Israel, desencadeando mais um conflito num território historicamente sempre em chamas. O titular da Casa Branca, que se anunciara capaz de promover o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, em 24 horas, tão logo assumisse o comando da mais poderosa nação do mundo, meses depois da posse, viu-se em apuros com Teerã, e diante do início da refrega entre Israel e Irã, achou melhor contentar-se com o término do novo desafio. Redigira eu anteriormente considerações sobre o sangue derramado naquela parcela do planeta, numa região que parece destinada a pagar pelos erros da humanidade. Depois da inominável tragédia sofrida pelos judeus com o holocausto, agora este é sofrido pelos palestinos na faixa de Gaza, aos quais não faltam provas de resistência a que os humanos não conseguem suportar senão ao preço da própria vida. Aquele povo tudo carece, desde o alimento aos medicamentos, padecendo mesmo com a ajuda que a ONU e outras organizações humanitárias, mas que não conseguem chegar-lhes. Mesmo água lhes é negada. Mas a poesia não falece num ambiente sórdido e cruel como o que se vê naquela margem do Mediterrâneo. Ghayath Almadhoun se apresenta para nós: “Eu, o palestino disperso entre vários massacres, fico aqui nu, tentando vestir meu poema, na esperança de que ele esconda minhas feridas, recolho desordenadamente meus pedaços daqui e dali, para ser uma testemunha”. A portuguesa Alexandra Lucas, que veio a BH para lançamento do seu livro “Gaza está em toda parte”, não acha válido o argumento de que acontece neste tempo o que acontecera no holocausto judeu, nada mais do que isso. Ela afirma, em tom de revolta: “Nunca vivemos tal horror em tempo real, a destruição de um povo e de um lugar nas nossas telas, a cada minuto, há mais de 20 meses. Um genocídio, como foram reconhecendo tantos peritos e organizações de Direitos Humanos. Toda a gente no planeta é testemunha, só quem não quer não verá. Pode escolher o silêncio, voltar costas ou negar, mas terá de viver com essa escolha. Então, isto diz respeito a cada humano, e ao que significa ser humano, viver aqui na Terra, agora”. O futuro dará resposta à difícil e dolorosa indagação.
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